O processo contra o vereador Tandik Resende (União Brasil) no Conselho de Ética da Câmara de Ilhéus segue andando — pelo menos no papel. Mas, nos bastidores, o que se vê é uma movimentação cada vez mais escancarada para salvar o mandato do parlamentar, acusado de quebra de decoro.
Tandik responde duas representações formais: uma assinada pelo juiz Alex Venicius, a outra pelo colega de plenário Venicius Alcântara. Ambas apontam condutas incompatíveis com o exercício do cargo — embora, até o momento, os detalhes das acusações sigam sob cortina de fumaça, como é praxe quando a Câmara prefere proteger os seus.
Segundo apurou o site, aliados de Tandik articulam uma punição simbólica — o suficiente para dizer que “houve apuração”, mas sem risco real de perda de mandato. A lógica é simples: evita-se o desgaste de uma cassação, mas também não se deixa o caso passar completamente em branco. É o velho “faz de conta” institucionalizado.
A estratégia já circula com naturalidade entre vereadores da base e até da oposição, muitos dos quais têm suas próprias razões para manter o silêncio. Afinal, hoje é Tandik, amanhã pode ser qualquer um.
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