
Derrotado nas urnas em 2024, o deputado estadual Pancadinha (SDD) decidiu partir para o embate judicial contra o prefeito reeleito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), e seu vice, Júnior Brandão (PV). Alegou abuso de poder econômico e apresentou uma lista recheada de acusações que iam desde a distribuição de peixes na Semana Santa, passando pelo Ita Pedro, até vídeos com promessas de casas populares e uso do slogan institucional “Itabuna Não Pode Parar”.
Pancadinha também citou distribuição de combustível durante carreata em setembro e até foguetes decorativos como indícios de irregularidade eleitoral.
Mas a Justiça não comprou a tese. Em decisão proferida pelo juiz eleitoral Antonio Carlos Maldonado Bertacco, a inicial foi indeferida de pronto. O magistrado foi direto ao ponto:
“No caso concreto, esvaziado o conteúdo probatório por exclusão das provas ilícitas e ausência de diligência na comprovação da autenticidade das mídias, constata-se a inexistência de substrato mínimo que autorize a deflagração da fase instrutória.”
Em bom português: faltou prova, sobrou alegação.
A tentativa de judicializar o resultado eleitoral, comum entre candidatos inconformados, naufragou na primeira onda. Augusto Castro segue firme no cargo, blindado pela decisão judicial e embalado pelos mais de 60 mil votos que lhe garantiram mais um mandato. Pancadinha, por ora, volta à Assembleia com as mãos abanando — e a disputa de 2026 no horizonte.

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