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EXTREMO SUL: FORÇA ECONÔMICA, AUSÊNCIA DE LIDERANÇA POLÍTICA

A política do Extremo Sul da Bahia segue enfrentando um vazio de liderança estadual. Enquanto o articulador Adolpho Loyola observa à distância e tenta pautar ações do governador Jerônimo Rodrigues na região, os prefeitos, sem articulação ou unidade estratégica, continuam batendo cabeça.
Em Caravelas, o cenário é de indefinição e rejeição. O ex-prefeito Silvio Ramalho, que por motivos pessoais não apoiou seu ex-vice, Dr. Adauto, afirmou em entrevista ao jornalista Lucas Bocão que poderá ser candidato a deputado estadual ou federal — tudo dependerá da sinalização do governador. Apesar de ter deixado o mandato com mais de 70% de aprovação, Silvio não conseguiu consolidar sua sucessão.
Em Alcobaça, o reeleito Zico de Baiato, alvo de críticas e com baixa aceitação popular, venceu pela força da estrutura e da articulação financeira. Já em Prado, Gilvan Produções, abastecido por emendas, foi reeleito e ainda desfruta de capital político, sustentado por carisma e conexões.
Em Itamaraju, a gestão eficiente — mas fria e pouco humanizada — do ex-prefeito Marcelo Angênica permitiu a eleição do empresário Jorge Almeida, num processo marcado por erros estratégicos do governo estadual, que apostou em um nome frágil e desacreditado.
Em contraste, em Caravelas, o deputado Robinho brilhou ao lado de sua esposa, Luciana, que transformou a cidade com emendas robustas vindas da base de ACM Neto, reforçando a força da oposição na região.
O que se vê é uma região rica em potencial econômico, especialmente no agronegócio, mas abandonada politicamente, sem voz unificada ou representantes de peso na esfera estadual. O Extremo Sul resiste por sua gente, pela força do trabalho e pela sua resiliência. Mesmo sem apoio institucional consolidado, é uma região que se reinventa e se projeta como polo de transformação social, cultural e econômica da Bahia — e do Brasil.
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